Estação da Luz - São Paulo
Foto: Marcus Cabaleiro
O histórico prédio da Estação da Luz, onde também funcionava o Museu da Língua Portuguesa, abriu ao público no dia 1º de março de 1901. Suas estruturas foram importadas da Inglaterra, e a obra demorou cerca de seis anos para ser concluída.
De um lado, onde hoje os passageiros acessam a estação de trem, as estruturas imitam o Big Ben de Londres, com grande relógio no alto de uma torre. Na outra ponta do edifício, duas torres paralelas e quadradas, no estilo gótico de arquitetura, copiam a Abadia de Westminster, a igreja de Londres onde os monarcas são coroados.
Seu nome oficial, à época da inauguração, também remetia ao país de língua inglesa: São Paulo Railway Station. O projeto da estação é do britânico Charles Henry Driver, renomado arquiteto de estações ferroviárias.
A estação existe neste mesmo ponto desde 1867 e tinha papel importante na conexão da capital paulista às fazendas de café e ao Porto de Santos — tanto que, mesmo durante a obra do complexo arquitetônico, o trânsito de trens continuou normalmente. A linha que atravessava a estação ia de Santos a Jundiaí, no interior do estado.
No total, o edifício tem 7,5 mil metros quadrados, construídos em alvenaria de tijolos sobre os mecanismos pré-moldados ingleses. O museu ocupava três andares do edifício, que equivalem a 4.333 metros quadrados.
Após a inauguração do prédio, quando ainda funcionava apenas a estação, não demorou para a Luz se tornar ponto de visitação obrigatória — tanto pela imponente construção quanto pela importância logística.
Todas as personalidades ilustres que chegavam à capital paulista eram obrigadas a desembarcar no local. Políticos, empresários, diplomatas, intelectuais e reis foram recebidos em seu saguão e por lá passaram ao se despedir da cidade.
A estação também era porta de entrada para imigrantes, que promoveram a pequena vila de tropeiros à importante metrópole.
O gigante edifício foi ainda um dos símbolos do poder paulista durante a República do Café com Leite.
Dois incêndios em sua história sendo o primeiro em 1946. A reconstrução foi bancada pelo governo, durou cinco anos e acrescentou um novo andar ao prédio — até então com dois pavimentos.
A partir de 1946, logo após o primeiro incêndio, o transporte ferroviário entrou num processo de degradação, com a consolidação do uso de aviões, ônibus e carros ao final da Segunda Guerra Mundial. O bairro da Luz e a estação igualmente acabaram degradados.
Ainda assim, em 1982 o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) tombou a construção, comprovando sua importância arquitetônica para a cidade de São Paulo.
Após este período, a partir de 1990, o edifício passou por algumas reformas importantes, uma delas coordenada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e por seu filho, Pedro Mendes da Rocha.
Foi a instalação do museu no prédio, no início dos anos 2000, que devolveu ao edifício o status de ponto turístico.
Além de ser marco zero na ferrovia paulistana, a Luz ainda é uma das principais estações de transferência em horário de pico, com acesso ao trem e ao metrô.
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